(Trecho de “A Viagem no Tempo”)

(…) quando digo claro, digo iluminado. Até então era tudo iluminado. Quem estava nos indicando o caminho disse para nos guiarmos apenas pela parte clara, e jamais ir para a parte escura. Essa pessoa falou com temor.

Estávamos seguindo até que parte da corrente onde eu segurava rompeu e eu não percebi. Fui em direção à parte escura. Na parte escura eu escutava vozes murmurando coisas no meu ouvido. Coisas horríveis, com a intenção de que eu me afundasse em meu medo. Por alguma razão, eu não senti medo nenhum, e estava ouvindo também as vozes do pessoal na parte clara falando para que eu voltasse. Consegui voltar tranquilamente para lá.

Antes que alguém pudesse comentar algo sobre o ocorrido, chegamos a uma mesa, com um senhor sentado atrás dela. Ele logo perguntou quem nós eramos. O nosso guia logo respondeu: A pergunta mais adequada é de que ano nós somos. Somos 2009. O senhor pediu desculpas e tirou o bigode. Disse que fazia um bom tempo que ninguém ia até lá. 

Entramos em uma casa normal, e eu ainda me questionava o por que de 2009. Afinal, estávamos em 2011. Após um tempo lá encontrei a Senhora do Tempo. Tive uma longa conversa com ela, e então reparei que na verdade, eu havia entrado sozinho lá.