(Trecho de “A Viagem no Tempo”)

    Vejo que o Senhor do Tempo sabia que eu iria aprender mais se visse as coisas ocorrendo. O irônico é que apenas vejo ciclos temporais isolados, e por serem ciclos  eles já aconteceram e tornam a acontecer.

    É bem confuso imaginar, ciclos que tem tempo infinito, tanto para o passado quanto para o futuro. Eles sempre existiram, e sempre vão existir. Mas ao mesmo tempo, em algum momento eles foram inseridos ali e criaram a existência do passado e futuro por uma questão de “Coerência Temporal”. 

    Se eles forem dali removidos, se é que é possível, seria como se nunca tivessem existido. Apenas restará uma imagem existencial, como se fosse apenas a criação da mente de quem presenciou a remoção. Será que é isso o significado de “Senhor do Tempo”? Presenciar acontecimentos que na verdade não existiram, mas que fazem compreender como funciona nosso universo?

    Não sei, mas certamente começo a entender o caos que passa o Senhor do Tempo. A eternidade relativa, na verdade, é uma consciência que existe de um momento. E isso me faz pensar, se não somos apenas um momento, de bilhões de anos, retirado de algum momento maior. E que apenas achamos que fazemos parte de um ciclo único, que teve um começo e talvez tenha um fim.